domingo, 10 de julho de 2011

Idéia para uma situação de aprendizagem

http://www.youtube.com/watch?v=_pyR9qCd2F8&feature=related


Atividade baseada no trabalho feito pelo artista plástico brasileiro “Vik Muniz” relatado no documentário “Lixo Extraordinário”. A atividade desenvolverá aspectos cognitivos, sensíveis e culturais.

Após assistir o documentário e conhecer mais sobre o artista, explorar as possibilidades de criar imagens a partir de objetos, aplicando efeitos de luz e sombra.

Solicitar que criem uma cena do seu cotidiano e fotografem.

Após, projetar esta imagem no chão e em cima de um painel, com o auxílio de um datashow.

Sobre esta projeção, dispor objetos coletados em suas casas, caminho até a escola e dentro da escola – de acordo com a necessidade para suprir as necessidades dos espaços a serem preenchidos, sobre a imagem projetada. Esses objetos, portanto, serão materiais reclicláveis do cotidiano dos alunos.

Após a imagem projetada ser preenchida no chão, os alunos fotografam a nova imagem formada, recolhem os materiais recicláveis que usaram, para que estes sejam enviados para a reciclagem.

 

A seguir um exemplo de  trabalho "similar" a esta proposta, desenvolvido com meus alunos do 5º ano, durante o projeto de "Sustentabilidade" desenvolvido na escola em que trabalho.
















 

Relato de Léa Miasato

Dentre os relatos dos professores escolhi o relato "Fotografia: olhar que olha para dentro e para fora".

Escolhi esse projeto, dentre os outros, por recentemente ter trabalhado a fotografia com meus alunos, e ver todo o entusiasmo e um novo olhar surgir com a fotografia.

O projeto escolhido foi desenvolvido pela professora Léa Miasato, com alunos do Ensino Médio, nível com o qual estou trabalhando atualmente. Como a professora, também trabalhei a questão da banalização da imagem e a falta de cuidado com a “escolha do clique”.

A professora iniciou seu projeto discutindo com seus alunos a "fotografia digital" como facilitadora das técnicas fotográficas, dos procedimentos técnicos do passado, da facilidade de acesso das câmeras de celulares, da superação das dificuldades financeiras de se adquirir filmes fotográficos, facilidade de “guardar” e “apagar” imagens. Trabalhou com a importância do cuidado com o clique, e com a escolha do que se quer revelar.

Após trabalhou com leituras das fotos de Cristiano Mascaro e Vik Muniz (fotógrafos apresentados no Caderno de Arte do Estado de São Paulo) e leituras de fotos dos próprios alunos.

       “O objetivo central do trabalho foi exercitar o olhar do aluno para a visualidade do incomum, colocando em prática um olhar mais atento e sem pressa, fazer pensar e refletir sobre sua identidade, transformando a atitude de fotografar em experiência estética através da consciência e manipulação dos elementos da linguagem fotográfica.”

       A professora propôs um desafio: fotografia como linguagem artística e não uma mera banalidade, transformando o olhar de seus alunos.
       Por fim, vejo neste trabalho alguns indícios de que estou no caminho certo, já que neste trabalho vi várias semelhanças com o meu. Apesar de ainda ser aluna acho que minhas propostas estão adequadas se comparadas a linha de pesquisa que Léa Miasato escolheu.

Relato de Professores

Nível: Ensino Médio

Linguagem: Artes Visuais

Autor: Léa Miasato

Fotografia: olhar que olha para dentro e para fora

Este projeto surgiu a partir de uma situação de aprendizagem em artes visuais do Caderno de Arte da Proposta Curricular para as escolas públicas do Estado de São Paulo, com uma sala de 40 alunos do 2º ano do Ensino Médio da Rede Estadual de Ensino. A situação elegia a fotografia compreendida como linguagem da arte e apresentava dois artistas-fotógrafos: Cristiano Mascaro e Vik Muniz.

Iniciei a proposta discutindo com os alunos a “fotografia digital” como facilitadora das técnicas fotográficas dos procedimentos técnicos do passado: o fácil acesso através de câmeras em celulares, a superação das questões financeiras da compra de filmes, a facilidade para escolher algumas fotos para “guardar” e “apagar” as que não interessam. Procurei mostrar para os alunos que, por outro lado, cada vez menos parece haver um cuidado com a escolha do “clique” e a preocupação com o que se quer revelar sobre o que está sendo visto e fotografado. A tecnologia oferecendo dois lados da mesma moeda: facilidade de acesso e banalização.

Considerando que a imagem hoje é uma extensão da vida de nossos jovens e de todos nós, que muitas vezes nos flagramos imitando o vídeo e a imagem das revistas como nosso ideal de vida, a ideia de desenvolver um trabalho com fotografia foi natural e alegremente absorvida pela turma.

Foi partindo da leitura das fotos de Cristiano Mascaro e Vik Muniz apresentadas no Caderno de Arte e fotos de autoria dos próprios alunos tiradas no dia-a-dia que a experiência educativa se desenvolveu. Este processo de experimentação, que teve início no 2º semestre do ano de 2009, durou cerca de um mês, com oito aulas divididas em duas aulas de arte semanais.

Foi um trabalho de curta duração, mas iniciou um processo de investigação e possibilidade de aprofundamento com a experiência estética da fotografia que continuou se desdobrando no ano de 2010.

O objetivo central do trabalho foi exercitar o olhar do aluno para a visualidade incomum, colocando em prática um olhar mais atento e sem pressa, fazer pensar e refletir sobre sua identidade, transformando a atitude de fotografar em experiência estética através da consciência e manipulação dos elementos da linguagem fotográfica.

A apreciação das fotos no Caderno de Arte foi o “start” no processo desta experiência.Logo percebi uma afinidade natural desses jovens com a linguagem fotográfica e, como havíamos trabalhado com intervenção artística no bimestre passado, surgiu a ideia de montar equipes de “fotógrafos digitais” para percorrer e observar com mais atenção o espaço escolar. Era uma ótima maneira para colocar em prática os elementos da linguagem fotográfica utilizando um recurso de fácil acesso para eles: suas próprias câmeras nos celulares.

Percebi que se empolgaram com a ideia de fazer uma das coisas que fazem “brincando” todo dia: fotografar! Havia naquela proposta um desafio: a fotografia como linguagem artística e não o que ela se tornou hoje: uma banalidade do cotidiano.

Antes que isso acontecesse, num primeiro momento, preparei algumas atividades que levassem os alunos a conhecerem os principais elementos da linguagem fotográfica (enquadramento, pontos de vista, close, etc.). Depois, num segundo momento, pedi que trouxessem fotos de sua própria autoria (amigos, família, festas...), com o objetivo de que mergulhassem e refletissem a respeito de cada imagem e percebessem que a fotografia é mais que um registro da realidade, ela produz outras realidades como construção simbólica.

Através desses exercícios, comecei a perceber um olhar mais calmo e atento dos alunos ao “olharem” uma imagem. Vitória! Conscientes dos elementos da visualidade e envolvidos pela afetividade de suas realidades internas, achei que estavam preparados para a “expedição fotográfica”. O terceiro passo foi a organização de grupos e um tempo para que cada equipe saísse e trouxesse imagens bonitas e cheias de significado. A avaliação ocorreu durante todo o processo quando procurei observar o interesse e a intenção dos alunos ao escolherem seus temas, ângulos, objetos e os possíveis significados construídos durante as discussões. A etapa final foi uma exposição no teatro da escola aberta a todos os alunos inclusive a comunidade local onde os visitantes puderam deixar registradas suas impressões sobre as fotos, gerando conexões que construíram outros significados para as fotos enriquecendo o trabalho.

Durante todo o processo, me surpreendi com várias imagens captadas! Algo realmente se transformou na atitude de ver e “clicar” desses jovens. Foram cerca de quatro semanas de experimentações trabalhando diferentes elementos da fotografia, discussões e seleção de imagens. Procurei avaliar cada etapa através do interesse e participação dos alunos e principalmente dos seus registros, onde puderam refletir a respeito do que estavam fotografando. Os adolescentes percebem e sentem coisas diferentes daquilo que muitas vezes imaginamos. São capazes de mergulhar em trabalhos e criar coisas belíssimas quando valorizamos o que têm de melhor: sua espontaneidade e alegria. E foi através dos seus registros, juntamente com o resultado das novas imagens que pude perceber a transformação de um “olhar automático” para um olhar estético.

Tendo em vista a proposta pedagógica da escola que visa principalmente “o aprimoramento do educando como pessoa humana, incluindo a formação ética e o desenvolvimento da autonomia intelectual e do pensamento crítico”, esses ensaios fotográficos visando o “olhar com calma”, a desaceleração e a quebra do automatismo nas ações do homem contemporâneo, vieram ao encontro do universo lúdico desses adolescentes de classe média baixa onde a imagem é cada vez mais facilmente absorvida sem que tenhamos consciência das mensagens que elas nos passam e da influência delas em nossas vidas. Essa questão permeou todo o processo de criação dos alunos, e valores como respeito, cooperação, amizade e verdade também foram trazidos à tona nas equipes durante o trabalho.


BARBOSA, Ana Mae. A imagem no ensino da arte. São Paulo: Editora Perspectiva, 1988. HOLM, Anna Marie. Fazer e pensar arte. São Paulo: Museu de Arte Moderna de São Paulo, 2005. MACHADO, Arlindo. A ilusão especular: introdução à fotografia. São Paulo: Brasiliense, 1984. Caderno de Arte vol.II da Proposta Curricular do Estado de São Paulo, 2009.

http://www.artenaescola.org.br/sala_relato.php?id_relato=165

Relatos de experiências de aprendizagem em arte

Como exercício de busca de memórias do próprio processo de aprendizagem em arte, reflita sobre as seguintes questões e elabore um pequeno relato a ser compartilhado com os colegas.

1. Uma experiência de situação de ensino-aprendizagem em que houve construção de conhecimento em artes visuais.
Nesta experiência:
Que conceitos foram construídos?
Que recursos foram utilizados?
Que procedimentos metodológicos?
Por que foi possível aprender com esta experiência?

2. Uma experiência de situação de ensino de artes visuais em que não foi possível aprender.
Por que motivo esta experiência não resultou em construção de conhecimento em artes visuais?


Relato sobre experiência pessoal de aprendizagem em Arte

Queridas colegas, professora e tutoras, essa proposta mexeu bastante comigo.

Não tenho recordações muito boas e muito menos significativas de minhas aulas de Artes.

O que posso dizer, com certeza, é que procuro trabalhar com meus alunos a partir do que aprendo nesse curso e que verdadeiramente me ajuda a entender e produzir arte. Já que, como muitas colegas, não aprendi a desenhar e não aprendi sobre a história da arte na escola.

Gostaria de apenas citar uma experiência que foi significativa onde houve aprendizagem e ao mesmo tempo não houve.

A professora levou uma reprodução da obra "Guernica" para sala e contou a história dessa obra. Nesse caso, para mim, uma aprendizagem mais histórica. Aprendizagem, essa, que mexeu muito comigo.

Porém, acredito que a proposta de produção não foi tão adequada, já que a professora simplesmente pediu para que fizéssemos um desenho parecido, na forma, com o da obra.

Adoro essa obra de Picasso até hoje, mas só aprendi o real significado da arte, após entrar nesse curso.

Foi muito bom ler o relato das colegas e sentir que se houve falhas não foi só na minha formação e que outras colegas compartilham as mesmas angústias. E o mais importante que não reproduzem com seus alunos o tipo de escola que tivemos.
Um abraço

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Portfólio sobre ensino de artes visuais

Esse é o meu portfólio pessoal sobre ensino de artes visuais e planejamento. Este portfólio blog conterá elementos trabalhados durante o semestre e outros recolhidos no decorrer deste processo, que tenham relação com a disciplina Planejamento Educacional em Artes Visuais. Por isto será ser organizado durante todo o tempo em que estivermos trabalhando. As postagens serão compostas de textos de autores diversos, textos pessoais, trabalhos realizados, imagens, vídeos, arquivos diversos, planos de aula, relatos, artigos de revistas e outros. O portfólio será um conjunto de documentos e elementos diversos que servirá como material de pesquisa e reflexão.

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Fotos 1º Prensauto

1ª Tentativa do Prensauto no Instituto Bruno Segalla

No dia 1º de abril eu, nossa tutora Greice e algumas colegas, fomos ao Instituto Bruno Segala, realizar nosso trabalho do Prensauto.
O gesso rachou e o Prensauto foi descartado, mas valeu muito a experiência.